Todos os anos, cerca de 15 milhões de pessoas em todo o mundo desenvolvem algum tipo de AVC. Desse total, morrem cerca de 5 milhões e outros 5 milhões ficam incapacitados, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na América Latina, o panorama é proporcional a esses dados: apenas no Brasil, mais de 102 mil pessoas morreram em decorrência de AVC em 2020; no México, cerca de 170 mil pacientes são diagnosticados anualmente com a doença, que é a causa mais comum para incapacitação em adultos.
Segundo a Organização Panamericada de Saúde, o AVC é a segunda causa de morte mais frequente nos países da América Latina, com uma taxa de 41 mortes por cem mil habitantes, bem mais alta se comparada aos números dos Estados Unidos e Canadá (21,9 óbitos por cem mil habitantes).
O tempo desempenha um papel fundamental no tratamento do AVC: cada minuto sem circulação sanguínea no cérebro causa a morte de dois milhões de neurônios, responsáveis por comandar funções cerebrais que podem ser perdidas parcialmente ou de forma permanente. Cada minuto conta na batalha pela vida ou contra as sequelas de um AVC.
“Um Acidente Vascular Cerebral é uma emergência e, por isso, requer atendimento médico extremamente rápido, já que o tempo de resposta vai delimitar a gravidade das sequelas ou mesmo salvar a vida do paciente”, comenta Sergio Domínguez, Head de Tratamento Cardiovascular e Radiologia Intervencionista da Siemens Healthineers para a América Latina. “O tempo, os recursos e os protocolos para atender essa emergência são fatores chave durante todo o processo do paciente, desde os sintomas até o atendimento e o acompanhamento”, acrescenta Domínguez.
Prevenção e agilidade
Esse cenário alarmante, no entanto, pode ser transformado por meio da prevenção e da agilidade no atendimento aos pacientes afetados pelo AVC. Cerca de 90% dos casos de AVC podem ser prevenidos, já que os principais fatores de risco podem ser controlados e tratados, previamente.
Hipertensão, problemas cardíacos e colesterol elevado aumentam as probabilidades de desenvolver um AVC. Diabetes e tabagismo também representam fatores de alto risco, podendo aumentar de duas a quatro vezes essa chance.
Por ser, na maioria das vezes, uma ocorrência previsível, é fundamental a implementação de estratégias eficientes focadas tanto na prevenção quanto no atendimento ágil de pacientes com AVC.
Nesta nova parceria, a Siemens Healthineers disponibilizará materiais educativos e capacitação para profissionais de saúde, baseados nas tecnologias e procedimentos mais recentes para o atendimento do AVC, assim como no apoio para a criação de protocolos de atenção. A companhia conta com um portfólio completo de soluções focadas em reduzir o tempo de resposta no atendimento ao paciente e acompanhá-lo durante todo o ciclo de cuidados.
“A certificação dos centros de AVC é crucial para garantir que os hospitais implementem e monitorem todas as estratégias prioritárias que modifiquem a história natural da doença, contribuindo para reduzir a mortalidade e a incapacitação. Será uma grande oportunidade para a melhoria contínua dos serviços e para a qualificação da assistência integral da região”, comenta Dra. Sheila Martins, presidente eleita da WSO, avaliando a importância da ação para ajudar a transformar a realidade do AVC na América Latina.