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Os benefícios da hemoglobina glicada na jornada do diabético são alvos de consulta pública

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) está com uma pesquisa em andamento no portal Participa+Brasil, coletando dados para avaliar a incorporação dos testes de diagnósticos do exame no sistema público de saúde

2022-12-01

Participe da consulta pública sobre a oferta de teste remoto de hemoglobina glicada do SUS

Mais de 16 milhões de pessoas vivem com o diabetes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS). O número, que coloca o país entre os principais do ranking global da Organização Mundial da Saúde (OMS), também lança luz às iniciativas que contribuem com a jornada de pacientes que enfrentam esta batalha.

“Queremos viver em uma sociedade onde a prevenção é parte essencial das estratégias de atendimento à saúde. Uma sociedade onde milhares de vidas podem ser salvas todos os dias com o diagnóstico precoce e acesso ao acompanhamento e tratamento adequados”. A mensagem é da Coalizão “Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade”, frente coordenada pela executiva Vanessa Pirollo, que reúne 24 organizações em prol da causa do diabetes e da obesidade.

Há 22 anos, a entidade atua para expandir o acesso ao melhor tratamento e à promoção de políticas públicas que protejam e amparem essas populações e é com este objetivo que a organização é uma das mais engajadas na consulta pública lançada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), para avaliar a incorporação dos testes de diagnósticos, point-of-care, de hemoglobina glicada (HbA1c) para o tratamento de pacientes com diabetes.

Disponível no portal “Participa + Brasil”, até o dia 26 deste mês, a pesquisa é considerada fundamental para identificar a importância deste exame na rede pública de saúde. “Ouvindo a população e entendendo a necessidade desta ferramenta, vamos conseguir garantir um avanço no diagnóstico precoce e melhorar o tratamento médico de pacientes de norte a sul do país. É muito importante contar com a participação de todos nesse processo. Só assim, teremos chances de estender os benefícios da hemoglobina glicada para a sociedade que depende do SUS para tratar o diabetes”, enfatizou a executiva.

A entidade, que abraça a luta de mais de 31 mil pacientes no país, também usa as redes sociais para dar voz à causa e mobilizar a opinião pública para pautas e agendas relevantes.

“Entendemos que é preciso dar visibilidade à realidade da assistência ao paciente com diabetes no Brasil, por isso, estamos motivados nesta agenda. A hemoglobina glicada é essencial para que médicos tenham acesso a informações importantes, como a média de glicemia dos últimos três meses, por exemplo. Desta forma, o profissional pode acompanhar e monitorar com melhor precisão a rotina, compreendendo se há adesão ao tratamento e até mesmo impedir possíveis complicações destes pacientes”, observou.

A jornada do diabético no Brasil: um cenário de desafios

“Garantir que possíveis complicações sejam evitadas passa, imprescindivelmente, por um bom gerenciamento do quadro clínico e eu falo isso porque também sou paciente. Há 22 anos eu enfrento a doença e conheço essa realidade”, destacou.

Doença grave e silenciosa, cerca de 5% da população brasileira convive com esta condição e o exame pode ser definitivo na jornada de pessoas que travam esta batalha. Vanessa lista que entre as principais queixas dos pacientes assistidos pela organização é o acompanhamento na rede pública, além da dificuldade de acesso a medicamentos e informações sem fundo científico, são inimigos nesta luta.

“Temos um cenário muito adverso. Hoje, o acesso à informação sem embasamento algum é um inimigo dos pacientes. Na internet, por exemplo, não é difícil encontrar mitos como chás que podem curar a doença e, infelizmente, ainda não há cura para o diabetes!”

Outro fator que impede a evolução do tratamento no sistema público, segundo Vanessa, é que a grande parte dos pacientes não recebem assistência especializada e nem mesmo o diagnóstico correto.

“No Brasil, há pouco mais de 6 mil médicos endocrinologistas, para atuar em mais de 5 mil municípios e o grande impacto disso é que a assistência à maioria das pessoas com diabetes acaba sendo oferecida por um clínico geral. A conta não fecha!”, concluiu.

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