13 de outubro é o Dia mundial de combate a trombose. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas do que é a doença, fatores de risco e prevenção. Segundo a WorldThrombosisDay.org¹, uma em cada quatro pessoas, no mundo, vem a óbito devido a trombose, que muitas vezes ocorre de forma silenciosa. Já a incidência no Brasil, é em torno de um a dois casos a cada mil habitantes ao ano, ou seja, até 400 mil casos por ano.

O que é trombose?
A trombose se caracteriza por uma formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos, onde o sangue no estado líquido se transforma numa forma mais espessa de células e outros elementos e que podem obstruir parcial ou inteiramente os vasos. Existem a Trombose Arterial e a Trombose Venosa, embora ambas estejam no contexto da circulação, apresentam características muito particulares.
Trombose Arterial -predomínio de plaquetas, que geralmente se instalam sobre uma placa de cálcio ou gordura. Os coágulos que se formam dentro do coração podem ir para a circulação e obstruir uma artéria à distância, processo chamado de embolia e que podem causar AVC, infarto e gangrenar membros.
Trombose Venosa - Obstrução de veias secundárias ou principais, que acomete preferencialmente os membros inferiores e, na maioria das vezes, está associada a fatores de risco. Esse tipo de trombose costuma provocar inchaço do membro e dor, quanto maior for a veia acometida, maior será a repercussão clínica. Os coágulos formados nas veias contam com predomínio de células do sangue ligadas a fatores de coagulação, o desprendimento de fragmentos pode atingir os pulmões, causando uma embolia pulmonar (EP). As tromboses venosas profundas (TVP), diferentemente das tromboses arteriais, raramente provocam a perda do membro, porém, é uma doença que se inicia silenciosa e pode ser fatal.

Como diagnosticar?
A
hematologia contribui com a contagem de plaquetas e a hemostasia com ensaios
especiais. As plaquetas
ajudam a parar um sangramento quando se tem um machucado, elas vão até a ferida
e grudam umas nas outras fazendo uma espécie de “rede” para estancar o
sangramento. Porém, as substâncias liberadas pelo machucado mais os compostos
levados pelas plaquetas podem formar um coágulo. A contagem das plaquetas é
feita nos equipamentos de hematologia.
Fatores de Rísco
De um modo geral, os principais fatores de risco, são:
o Obesidade;
o Uso de medicamentos à base de estrogênio, como os contraceptivos femininos;
o Período pós-parto;
o Fumo;
o Histórico familiar com TEV;
o Imobilidade prolongada;
o Hospitalização;
o Câncer;
o Traumatismo.
Nos dias atuais, a TEV já pode ser considerada um problema de saúde pública, por isso, é importante que os profissionais da saúde estejam preparados para recomendar uma avaliação clínica para aqueles pacientes que fizeram cirurgias, que estão com longo período de hospitalização ou possui histórico familiar.