Timotheos Wu, MD¹; Mario Lucas Musial, RT¹; Michael da Silva²;
¹El Diagnósticos – São Paulo, Brasil
²Siemens Healthineers, América Latina
Histórico
O paciente relata antecedente de trauma na mão há 2 meses, sem melhora do quadro clínico, apresentando dor e edema. Foi encaminhado para ressonância magnética a fim de avaliar a possibilidade de infecção pós-traumática. O exame de ressonância magnética (RM) revelou erosões e destruição osteocondral nas superfícies articulares da interfalângica distal do terceiro dedo, com intenso realce após a administração do meio de contraste, acompanhado de edema ósseo e de partes moles adjacentes. Destaca-se ainda a presença de uma fístula articular com 0,4 cm de calibre, estendendo-se até o tecido subcutâneo dorsal do dedo, associada a intenso edema e espessamento das partes moles da região. Os achados de imagem são compatíveis com a hipótese clínica de osteomielite/artrite séptica ativa, com fístula articular em direção à pele dorsal.
Diagnóstico
O diagnóstico preliminar evidencia a presença de edema com indefinição dos ligamentos colaterais da articulação interfalângica distal do terceiro dedo, com suspeita de degeneração associada a roturas parciais. Observa-se uma rotura parcial de alto grau na inserção do aparelho tendíneo extensor do terceiro dedo, junto à base da falange distal, com afinamento do remanescente tendíneo, caracterizando uma tendinopatia distal do aparelho flexor do terceiro dedo.
A imagem panorâmica da mão revela uma área de rizartrose moderada com edema capsuloligamentar e cistos degenerativos periarticulares de até 0,7 cm. Identifica-se osteoartrite interfalângica distal grave nos demais dedos, com pequeno derrame articular e cistos degenerativos periarticulares. Além disso, observa-se um cisto degenerativo intraósseo na cabeça do quinto metacarpo, medindo 0,8 cm, e um pequeno derrame articular na articulação interfalângica proximal do terceiro dedo.
Comentários
O exame de ressonância magnética (RM) foi realizado no equipamento MAGNETOM Lumina 3T, utilizando sequências multiplanares e administração de contraste intravenoso para obtenção de imagens detalhadas da mão.
A aplicação do Deep Resolve Boost, tecnologia de reconstrução baseada em aprendizado profundo voltada à ressonância magnética, foi fundamental para alcançar um diagnóstico preciso.
O uso do Deep Resolve Boost permitiu a aquisição de imagens de alta qualidade com tempos de escaneamento reduzidos, melhorando a experiência do paciente durante o exame com o uso de bobinas ultraflexíveis. Isso minimizou o estresse e o desconforto associados a sessões prolongadas.
Além disso, essa tecnologia contribuiu para uma identificação mais precisa das estruturas em campos de visão reduzidos, facilitando a visualização detalhada de áreas de interesse com alta resolução.
O Deep Resolve Boost possibilitou que os especialistas obtivessem informações claras e confiáveis em menos tempo, aumentando a precisão diagnóstica e fornecendo uma base sólida para o plano de tratamento do paciente.
Adicionalmente, essa tecnologia ajudou a reduzir a necessidade de repetição de exames, minimizando o estresse para o paciente e sua família, e permitindo que os médicos tomassem decisões informadas de forma mais ágil.