Colaboração Siemens Healthineers e CDC definirá limiar de anticorpos neutralizantes suficientes para conferir imunidade

2020-09-18
  • A colaboração padronizará os testes do SARS-CoV-2 definindo concentrações de anticorpos contra proteínas virais específicas que confiram neutralização e que pode vir a ser extrapolada para limites considerados suficientes para conferir a imunidade.
  • A padronização entre os fabricantes também deve melhorar o atendimento ao paciente, permitindo a comparação dos níveis de anticorpos a longo prazo. 

A Siemens Healthineers anunciou hoje uma colaboração com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, e o JRC (Centro de Pesquisa Conjunta), da Comissão Europeia, em um projeto de pesquisa para desenvolver um novo processo para padronizar os testes do SARS-CoV-2.


Os testes de anticorpos diferem entre os fabricantes e atualmente não podem ser comparados analiticamente pois têm como alvo diferentes proteínas do SARS-CoV-2. Estes testes incluem a proteína Spike, S1/S2, S1 RBD e proteína N, que são encontradas em diferentes partes do vírus SARS-CoV-2. Conforme a pandemia evoluiu, os resultados dos testes de anticorpos progrediram de resultados qualitativos (positivos/negativos) para testes mais recentes capazes de medições numéricas que liberam o nível de anticorpos IgG na amostra de sangue de um paciente.


Os resultados numéricos dos pacientes, que podem ser relatados, para os ensaios semi-quantitativos atuais são expressos em unidades que não são concentrações reais de anticorpos, mas sim a atividade do anticorpo para o vírus. Como a comparação dos resultados dos testes entre os fabricantes não foi possível, estabelecer a imunidade associada a esses testes tem sido um desafio.


A colaboração da Siemens Healthineers com o CDC e o JRC desenvolverá um novo processo para padronizar os testes do SARS-CoV-2 ancorando cada proteína a um título de anticorpo de neutralização — um nível de anticorpo presente para bloquear a entrada do vírus nas células em experimentos de laboratório. Os limites exibidos na unidade de medida padronizada para IgG — decorrentes de infecção natural ou vacinação — podem provavelmente contribuir para uma interpretação padronizada de imunidade por meio dos resultados dos testes.


"Uma barreira para a adoção do teste de anticorpos é que atualmente não temos um processo estabelecido para determinar a imunidade", disse Deepak Nath, PhD, Presidente de Diagnóstico de Laboratório da Siemens Healthineers. "Diferentes alvos de anticorpos do SARS-CoV-2 produzem diferentes níveis de neutralização. Nossa equipe de P&D reconheceu que se você pudesse definir um nível no qual a neutralização é conferida para diferentes alvos, você poderia criar um terreno comum para padronizar os ensaios — não apenas na produção de anticorpos, mas também na capacidade de fornecerem imunidade. Nossa colaboração com o CDC e o JRC desenvolverá a estrutura que todos os fabricantes de testes de anticorpos irão adotar, avançando para um maior benefício no atendimento ao paciente conforme a pandemia evolui".


O desenvolvimento de um processo padronizado definirá qual concentração confere a neutralização dos alvos de antígenos de diferentes fabricantes. Cada fabricante atualmente padroniza seus ensaios de forma independente com padrões internos que não estão vinculados a uma referência comum. Os resultados deste projeto de pesquisa colaborativa apoiarão a produção de um material de referência pelo JRC. Este material de referência com concentrações atribuídas de anticorpos específicos para cada proteína viral permitirá que os fabricantes façam referência a valores padronizados.


Com um padrão internacional estabelecido e adotado pelos fabricantes, os médicos estariam posicionados para rastrear as concentrações de anticorpos de seus pacientes, independentemente do método de teste ou fabricante usado. Espera-se que essa capacidade melhore o atendimento ao paciente, permitindo a comparação de nível de anticorpos a longo prazo — informações clínicas que são importantes para verificar a imunidade natural adquirida pela infecção do paciente com o vírus, bem como para determinar a eficácia das vacinas.

 


A Siemens Healthineers AG (estabelecida em Frankfurt, Alemanha: SHL) está moldando o futuro da área de saúde. Como uma empresa líder em tecnologia médica com sede em Erlangen, Alemanha, a Siemens Healthineers permite que os provedores de assistência médica em todo o mundo, por meio de suas empresas regionais, aumentem o valor, capacitando-os em sua jornada para expandir a medicina de precisão, transformar a prestação de assistência, melhorar a experiência do paciente e digitalizar a assistência médica. A Siemens Healthineers está desenvolvendo continuamente seu portfólio de produtos e serviços, com aplicativos suportados pela IA e ofertas digitais que desempenham um papel cada vez mais importante na próxima geração de tecnologia médica. Esses novos aplicativos aprimorarão a base da empresa em diagnóstico in vitro, terapia guiada por imagem e diagnóstico in vivo. A Siemens Healthineers também fornece uma gama de serviços e soluções para aprimorar a capacidade dos provedores de assistência médica em fornecer atendimento eficiente e de alta qualidade aos pacientes. No exercício fiscal de 2019, encerrado em 30 de setembro de 2019, a Siemens Healthineers, que possui aproximadamente 52.000 funcionários em todo o mundo, gerou receita de € 14,5 bilhões e lucro ajustado de € 2,5 bilhões. Mais informações estão disponíveis em www.siemens-healthineers.com.


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