Breast Myths

Você tem medo de fazer uma mamografia?

Entenda melhor os mitos e verdades sobre o exame imprescindível para detecção do câncer de mama

Brasil

|2022-10-18
Câncer de mama Infografia

Foente: American Cancer Society. Breast cancer facts and figures 2019-2020. Atlanta: American Cancer Society Inc. 2019; S.3.

No Brasil, os dados são alarmantes para o câncer de mama: ele é o mais incidente e também o que mais mata mulheres brasileiras em todas as regiões do país, exceto o Norte, onde o câncer de colo de útero ocupa essa posição. Em 2022, a estimativa é de 66.280 casos novos até o final do ano, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. No caso da taxa de mortalidade, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente¹.


Cáncer de mama - Mamografía Ilustración

O mês de outubro há muitos anos tem sido usado no mundo todo como o período de maior conscientização para o câncer de mama. É importante entender melhor os sintomas e as diversas formas de detecção, que variam para cada paciente. Os exames de diagnóstico como ressonância magnética, uso do ultrassom de mamas e a mamografia tem sido um dos grandes diferenciais no diagnóstico precoce e na melhor escolha do tratamento a ser adotado.



A mamografia é o método mais eficaz para este fim e, de acordo com a Sociedade Alemã do Câncer, o tamanho médio de um nódulo detectado pela mamografia é de 0,5 cm, enquanto o tamanho médio de um nódulo que as mulheres podem detectar por autoexame regular é de 2 cm². Nessa lógica, a mamografia se torna uma ferramenta necessária para o cuidado e prevenção. No entanto, existem vários mitos que podem comprometer seu uso pelas mulheres e dificultar o diagnóstico precoce dos casos. A Médica Radiologista e Diagnostico por imagem, Flavia M. de Pinho Abdo, Especialista em imagem mamária pelo hospital Beneficência Portuguesa São Paulo com Titulo de especialista pelo colégio brasileiro de radiologia (CBR) explica:

Breast Myth 01

Essa é uma crença popular que ocorre ao associar a compressão mamária com um efeito doloroso. No entanto, esse processo é importante para obter uma boa imagem interna dele e, assim, fazer um bom diagnóstico. Na realidade, as margens de dor que ocorrem geralmente são mínimas e não representam nenhum risco para o paciente.

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Isso é falso, pois as mamografias são usadas para detectar câncer em seus estágios iniciais, ou seja, quando está apenas começando e quando se quer realizar um rastreamento em mulheres sem qualquer sintoma. Portanto, este é o único método que dá espaço para manobras sobre as mortes por câncer de mama, descobrindo a doença em uma faixa oportuna de tempo.

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As mamografias não produzem qualquer risco à saúde se realizadas com indicação médica adequada. O benefício de encontrar algum sinal de câncer supera em muito. Além disso, equipamentos modernos emitem radiação mínima e reproduzem uma imagem melhor. 

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Assim como os implantes mamários não protegem ou produzem câncer, nem impedem que este teste seja realizado. A única diferença está na forma como este exame deve ser realizado, adicionando uma dose mamográfica especial em cada mama.

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Em sua maioria, sim. Deve-se sempre começar com uma mamografia e adicionar métodos complementares, como um ultrassom ou ressonância magnética das mamas, quando necessário. 

A campanha #getchecked é uma iniciativa importante para que as mulheres, por iniciativa própria, façam seu exame de rotina, pois quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maiores as chances de recuperação. “Estar informada, manter os exames de rotina em dia e ter consciência sobre a importância da saúde do seu próprio corpo são fatores decisivos para no caso de um resultado positivo, termos a melhor escolha de tratamento e uma decisão de viver mais e melhor”